O QUE HÁ DE ERRADO COM O MUNDO DE HOJE?

Vivemos em uma sociedade que tudo tem o mesmo valor e que é errado – ui, me processe! – tentar dizer que as coisas são diferentes e que elas possuem seus próprios valores. Não podemos mais dizer que algo é melhor que outra coisa, pois estaríamos sendo elitistas, capacitistas e tudo que há de ruim no mundo.

Hoje, ser a favor de valores como honra, lealdade, coragem e coloca-los em um patamar superior ao chorume que é a desonra, traição e covardia é ser elitista. Na realidade, como não há mais senso de que tudo que nos cerca tem valores diferentes, as escolhas do que carregaremos são feitas pelo fator da utilidade. Tudo aquilo que nos der o mínimo de dor e nos trouxer o máximo de felicidade será norteado como os melhores valores.

Malandro é malandro, mané é mané.

Quem nunca ouviu que ser honesto em terra de malandro é pedir para ser roubado? Ou que ser malandro é mais vantajoso que mané? Vemos que as escolhas, hoje na sociedade moderna, é pautada pela ideia de que é melhor sempre evitar a dor causando-a. Se você não quiser ser é o mané, você terá que ser malandro.

Para que ter honra se ela não é melhor que a desonra? Porque ser virtuoso se a virtude tem o mesmo valor que o vício? As pessoas que pensam assim estão certas, não há sentido de ser virtuoso se tem o mesmo valor que ser vicioso. É mais prazeroso, você sente o mínimo de dor das posições que as virtudes te impõe e ainda aproveita omelhor da vida.

É nítido isso na sociedade moderna. Podemos ver que estamos rodeados com exemplos de pessoas que são guiadas pelo prazer e avessas a dor. Escolhem o caminho mais fácil, o que é mais útil. É muito mais fácil ser político de DCE do que se formar. Hoje, o exemplo é ser Mc Guimé em vez de um bom marido.

Como chegamos aos bailes de favela.

Para que fomentar valores de respeito, cortesia e gentileza? Eles só nos trazem desconforto, regras demais, não é útil, não é rápido. Dançar valsa, escutando música clássica e usando trajes de gala? Não, obrigado. Dançar até o chão, escutando funk e usando praticamente roupas íntimas é muito melhor, mais confortável, mais prazeroso.

O cavalheirismo morreu.

O que vale hoje é ostentação e o mais animal possível. Quanto mais insinuar sexo, quanto mais insinuar ostentação, melhor. Porque não seria? Afinal, já que tudo tem a mesma valorização, tudo é a mesma coisa, nada é diferente, porque aguentar o porre que é escutar música clássica ou ser educado? É entediante. Sexo e vandalismo são excitantes.

Tudo se pauta em prazer e nada no racional

O que conta é o sentimento de prazer. O que conta é não sentir o tédio e a adrenalina que o prazer pode me oferecer. Porque ter responsabilidades se é algo tão chato? Temos que fazer algo que nos de prazer a todo tempo. Trabalhar, morrer de tédio? Não mesmo. O que me excita é o que me guia, pode ser usar drogas, puxar brigas; sentir a adrenalina surgir.

Tudo aquilo que me causar dor não pode existir.

Responsabilidades, trabalho, valores, família, honra, comprometimento para que? Só me causa dor, não me traz prazer, porque eu escolheria algo que causaria dor se ela tem o mesmo valor daquilo que me causa prazer? Entre dor e prazer fico no prazer.

Os relacionamentos são mais rápidos do que o preparo de um Miojo.

Podemos ver que hoje as pessoas trocam os parceiros como quem troca de roupa. Tem relacionamentos tão rápidos que fariam o próprio flash ficar em segundo lugar. Qual é o ponto de ser fiel, já que ser infiel é a mesma coisa? Vai me dar mais prazer se eu ficar com mais pessoas, sexo é puro prazer.

Orgias, casas de swing, bacanais são a marca da sociedade moderna. Claro, se todos os valores são iguais, porque ser fiel? é perda de tempo.

Sexo é o que importa. Tudo é voltado no prazer. Quanto mais eu tiver prazer, mais livre eu sou daqueles que me aprisionam.

Porque manter promessas? porque manter a palavra? Sou livre, não quero dor, só prazer. Tudo que me importa é o meu bem-estar, tudo que me importa é que as pessoas sejam livres desde que não me causem dor.

O sexo como centro de tudo

A sociedade moderna tem apenas um foco: Sexo.

Tudo se baseia em sexo, tudo é para o sexo, tudo para com o prazer. Não importa se ele é feito apenas no auto-prazer, à 2, à 3, à 4, à 1000, o que importa é ele te dar prazer. A finalidade da vida é transar com o maior numero de pessoas, é ter dinheiro para gozar da vida. Não tem outra finalidade, não tem outro objetivo.

Construir para que? Só da trabalho. A vida foi feita para se aproveitar, aproveite o hoje e o amanhã. Tenha mulheres e dinheiro, isso é o modelo de sucesso da sociedade moderna. Não tem mais nada. Para que deixar algo? Para que construir alguma coisa se amanha não estarei mais aqui? Não é útil. É perda de tempo.

É perda de tempo tudo aquilo que não me fizer ganhar dinheiro

Para que ler algo que preste? Por que ler algo que valha? Totalmente perda de tempo. Vá estudar para fazer concurso que você ganha mais. Porque se dedicar aquilo que não te trará utilidade? Para que se dedicar algo se você não vai ganhar um real com isso? Porque fazer algo de graça? Por que ser caridoso?

Dá na mesma ser mesquinho ou altruísta, nenhum valor é melhor que o outro.

Afinal, tudo tem seu preço, aqui é o mundo real, coloca o pé no chão. Sonhos não vão me sustentar, preciso fazer algo que me traga sustento, não quero perder tempo. Para que me dedicar a algo que não me trará retorno? Vou fazer o meu.

O resultado do Pós modernismo na sociedade

Como vemos, os valores se inverteram, senhores. Como não há mais senso de hierarquia, de escala de valores, tudo se torna confuso, não há sentido em ser virtuoso se a virtude tiver o mesmo valor que o vício.

A base moral da sociedade apanhou mais que o Loki do Hulk.

Podemos ver que a sociedade transformou no caos pela falta de noção de ordem, de hierarquia, de harmonia. Todas as relações ficaram confusas, não se sabe mais como proceder para não machucar o outro, a sociedade se transformou naquele garoto do jardim de infância que briga com todo mundo mas quando apanha, chora.

Nós estamos vendo onde a questão de falta de ordem e hierarquia é evidente. Vemos que o Brasil – se é que ainda é país – vive uma casa de luz vermelha que tem como cafetina a própria Dilma. Vemos que aqui os valores estão invertidos, ser promiscuo e mais lindo do que ser fiel. Podemos ver que tudo se pauta pela utilidade e não pela valorização moral das coisas permanentes.

Quem poderá nos salvar? Certamente, não será o Batman. Ele está ocupado demais apanhando da Mulher Maravilha.

MULHER VIDA compartilhando texto de autoria do blog O Indigesto. 

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