Por mim e por todas

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Moça, vamos conversar?

Ontem entrei no debate de um post de mídia social envolvendo a temática “politicas misóginas e segregatórias”.

Não tenho o costume de me envolver em qualquer debate, nem quando ele é sobre coisas que eu gosto – seja comics ou feminismo, ateísmo ou educação. Eu costumo entrar em debates que mexem comigo de alguma forma, ou nos que posso acrescentar algo útil.

Entretanto, antes de qualquer coisa, verifico se tenho condições intelectuais – no sentido do conhecimento básico ou profundo do assunto – para estar ali. Não sou a favor do “falar por falar” só pra constar que estive naquilo, como se fosse um cachorro marcando território. Eu sou humilde em reconhecer que não domino certos temas.

Nesse debate específico a que estou me referindo, a seguinte frase me chamou a atenção: “ele tem o direito de ser machista”.

Direito de ser machista. Isso instantaneamente me remeteu ao “o que é o machismo?”. As pessoas, então, teriam o direito de ser homofóbicas, racistas, xenofóbicas, misóginas, nazistas e esse tipo de coisa, por respeito ao direito constitucional de liberdade de expressão, de associação e afins?

Eu acredito que isso precisa ser dito, afinal ao defendermos uma ideologia, pressupõe-se que ela nos agrada e que a utilizamos, por vezes, como norte de senso moral.

Se machismo é violência, ao ratificar isso estamos dando um “ok” para as mortes, estupros, agressões, assédios, opressões e tudo mais que essa cultura engendra e, ainda, com o “plus” de perpetuarmos um ciclo vicioso dessa doença social.

Por que uma mulher seria então machista?

A vida para as mulheres nessa sociedade patriarcal é de submissão, de “sexo frágil”. Nascemos pra sermos princesas. Nascemos para sermos mãe um dia, mesmo que não seja esse o nosso desejo. Nascemos pra sermos esposas, secretárias e cozinheiras.

Mas, nós não somos nada disso, nem submissas e nem frágeis. Quando se fala em igualdade, na verdade o que o feminismo busca é a isonomia e a equidade.

Queremos andar na rua livremente sem o risco de assédio ou de sermos chamadas de “gostosa” de uma forma nojenta. Queremos andar de metrô sem sermos encoxadas e bulinadas. Queremos igualdade salarial com os homens, que recebem salários mais altos apenas por serem homens. Queremos andar na rua à noite sem ter medo de olhar pra trás e ver um homem vindo na nossa direção e sentir aquele pavor interno do medo do estupro. Queremos que as mulheres negras não sejam repreendias no trabalho por seus cabelos. Queremos ter o direito de decidir sobre os nossos próprios corpos. Queremos ter o direito de escolher nossa sexualidade sem sermos rechaçadas. Queremos estar presentes em maior número no nosso parlamento. Queremos que nossa vida não seja baseada no sucesso de um casamento, mas sim na liberdade que temos de optar por isso ou não. Queremos ser mães quando quisermos, e se quisermos. Queremos que os homens parem de matar as transexuais e travestis  apenas por acharem que isso afeta sua masculinidade.

Eu poderia ficar aqui o dia todo listando o que o feminismo busca e o que uma mulher machista passa, e já passou e ainda vai passar pela violência do machismo.

Queridas, por favor. Somos mulheres. Vamos todas desconstruir os valores patricarcais e machistas. Vamos lutar por nossas existências com dignidade.

Não podemos comparar machismo e feminismo. São significados completamente distintos. Não podemos comparar a luta da mulher negra com a mulher branca, viemos de uma sociedade escravocrata, isso é História.

Mulheres, através da sororidade, vem travando essa batalha ao longo dos anos contra essa cultura violenta incutida mentalmente desde nossa infância – me refiro aqui não apenas às meninas, mas aos meninos também.

É justamente devido a toda mobilização libertária que as mulheres vem pleiteando, que meninas como essa tem o direito de expressar suas opiniões machistas nas redes sociais, do contrário, ainda seriam apenas as coadjuvantes de seus maridos enclausuradas dentro de suas casas.

Moça, por favor, você é minha irmã. Tente não perpetuar o machismo. Por você mesma. Por mim. E por todas nós.

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MULHER VIDA compartilhando texto via Rachel Coelho. 

Os 10 Livros mais polêmicos de sempre

Selecionamos as 10 obras literárias que mais causaram furor na sociedade quando foram lançadas, devido ao extremismo do conteúdo ou dos ideais revolucionários que apresentam.

Aliás, nesta lista, alguns livros ainda hoje chegam a dar arrepios!

1. Os 120 Dias de Sodoma ou A Escola de Libertinagem

Os 120 dias de Sodoma

Autor: Donatien Alphose François – Marquês de Sade

Ano: 1785

Cenas de estupro, baquete de fezes, violência gratuita e abusos sexuais contra crianças… São apenas alguns detalhes que recheiam esta novela escrita por Sade, durante a sua prisão na Bastilha, em 1785.

A história mostra quatro aristocratas libertinos que sequestram quarenta e seis jovens (entre meninos e meninas) e praticam a mais hediondas torturas sexuais durante quatro meses ininterruptos!

Em 1975, a história narrada por Marquês de Sade ganhou uma versão cinematográfica, sob direção do cineasta italiano Pier Paolo Pasolini.

“Salò ou os 120 Dias de Sodoma” ficou conhecido como um dos filmes mais perturbadores da história do cinema!

2. Mein Kampf

Mein Kampf

Autor: Adolf Hitler

Ano: 1925

“Minha Luta” é a tradução deste “clássico” do nazismo.

O livro de Hitler é cheio de ideias antissemitas e racistas em prol ao partido nazista. Nem é preciso explicar o motivo de ser tão polêmico, certo?

A comercialização ou disseminação do conteúdo deste livro ainda gera muita polêmica e é proibida na maioria dos países.

No entanto, em 2015, o Mein Kampf entrou para o rol de livros classificados como de Domínio Público. Isso significa que qualquer pessoa pode reproduzi-lo livremente. Medo!

3. O Anticristo

O Anticristo

Autor: Friedrich Nietzsche

Ano: 1895

Famoso pela polêmica frase “O Evangelho morreu na cruz”, esta obra de Nietzsche é considerada uma das mais críticas contra o cristianismo.

Todo o ácido que Nietzsche jogou sobre a religião neste livro, fez com que “O Anticristo” (Der Antichrist, no original em alemão) entrasse para a lista de “livros demoníacos” da Igreja Católica.

4. O Evangelho Segundo Jesus Cristo

O Evangelho Segundo Jesus Cristo

Autor: José Saramago

Ano: 1991

Ainda na onda de críticas ao cristianismo, quem também surpreendeu o mundo (principalmente os cristãos) foi o escritor português vencedor do Nobel de Literatura José Saramago.

Em “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago narra a história do “Filho de Deus” como se este fosse um mero mortal.

O destaque mais chocante da obra é a suposta relação que Jesus teria mantido com Maria Madalena, que na Bíblia cristã é descrita como uma prostituta.

Como era de se esperar, “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” recebeu severas críticas da Igreja Católica… Mas, continua como um dos melhores best-sellers de Saramago!

5. Versos Satânicos

Os Versos Satânicos

Autor: Salman Rushdie

Ano: 1988

Este polêmico livro quase levou à morte do seu autor!

The Satanic Verses (título original em inglês) conta a história de dois muçulmanos que, após sobreviverem a um atentado terrorista, começam a sofrer uma transformação: um transforma-se num demônio, enquanto o outro num anjo.

O livro está recheado de críticas e sátiras irônicas contra o islamismo e o Alcorão, o livro sagrado do islão.

Vários líderes religiosos muçulmanos ofereceram milhões de dólares como recompensa para a captura e assassinato de Rushdie, que teve que receber proteção policial durante muitos anos!

6. Lolita

Lolita

Autor: Vladimir Nabokov

Ano: 1955

As grandes polêmicas de “Lolita” giram em torno de dois temas bastante desconfortantes: apedofilia e o incesto!

A obra narra a história de um professor de 38 anos que se apaixona por uma jovem de apenas 12 anos.

O mais chocante ainda está por vir… Ambos começam a se envolver sexualmente depois do professor se tornar seu padrasto!

Atualmente, “Lolita” está entre os 100 melhores romances de língua inglesa da história, porém, por abordar assuntos tabu pela sociedade, o trabalho de Nabokov também foi alvo de duras críticas.

Este livro ganhou várias adaptações cinematográficas, sendo a mais popular dirigida por Stanley Kubrick, em 1962.

7. Meu Filho, Meu Tesouro

Meu Filho Meu Tesouro

Autor: Benjamin Spock

Ano: 1946

Supostamente, este livro teria levado a morte de aproximadamente 50 mil bebês!

O Dr. Spock ensinava as mamães como cuidar dos seus filhos nos primeiros meses de vida. No entanto, algumas de suas dicas chegaram a ser letais para as crianças!

O doutor aconselhava as mães a deixarem os seus filhos dormirem com a barriga para baixo, pois acreditava que se estivessem ao contrário poderiam se engasgar com o próprio vômito. Porém, estudos posteriores comprovaram que deixar o bebê com a barriga para baixo aumenta os riscos de sufocamento. Atualmente, esta técnica é totalmente desaconselhada pelos médicos!

Depois da Bíblia, “Meu Filho, Meu Tesouro” foi o livro mais vendido nos Estados Unidos durante o século XX.

8. Eixo da Civilização

Margaret Sanger

Autor: Margaret Sanger

Ano: 1922

Assim como o “Minha Luta” de Hitler, a senhora Sanger foi bastante clara quanto ao seu ódio pelas chamadas “raças inferiores”.

Neste livro macabro, Margaret Sanger defende que os seres humanos de “raças inferiores” deveriam servir de escravos para que os “superiores” prosperassem.

A autora ainda acredita que pessoas com deficiências físicas ou mentais devessem ser sacrificadas para não “poluir” a “pureza” da raça.

O pior é saber ainda existem pessoas malucas que concordam com os ideais perversos de Sanger. Triste, não?

9. O Príncipe

O Príncipe

Autor: Nicolau Maquiavel

Ano: 1532

Este foi considerado um “livro guia” de muitos tiranos ao longo da história, como Hitler, Napoleão e Stalin, por exemplo.

De acordo com o pensamento Maquiavélico, “os fins justificam os meios”, ou seja, o governante deve fazer o que achar necessário dentro de seu governo para manter a sua autoridade e poder.

Por causa da aplicação que os ditadores deram as ideias de Maquiavel, o termo “maquiavélico” acabou se tornando sinônimo de perverso e maldoso.

Vale lembrar, no entanto, que existem diversas interpretações diferentes desta obra, que continua a ser um dos livros mais estudados no mundo!

10. Bíblia Sagrada

Bíblia Sagrada

Autor: Vários

Ano: Indeterminado

Com certeza é o livro mais polêmico da história, pois ainda é considerada a “base” para a vida de milhões de pessoas!

Acredita-se que muitas alterações e censuras foram feitas ao longos dos anos, tornando difícil uma analise fiável sobre a sua real autoria.

Outra questão que também gera muitos conflitos é o fato da Bíblia ser objeto central de estudo por diversas doutrinas religiosas diferentes, que a interpretam de acordo com os seus princípios.

Estas diferentes interpretações bíblicas são responsáveis, em parte, por grandes conflitos entre os seres humanos desde tempos imemoriáveis!